por AMNI | 11 de setembro de 2021 | Notícias, Ortopedia
Tumores da medula espinhal podem envolver a região da cervical, coluna dorsal ou da lombar e podem ter origem nas células nervosas, nos tecidos moles, nos músculos que a sustentam ou nos ossos que a compõem. Tumores da medula espinhal podem ser perigosos mesmo quando são benignos, porque pressionam regiões importantes da coluna. Ossos, músculos e ligamentos da coluna dão suporte estrutural para o corpo e protegem os nervos que controlam várias funções, como as sensações e os movimentos.
Tumores da coluna são classificados de acordo com os tipos de células em que têm origem e se desenvolvem e são tratados de formas diferentes. Os intramedulares são os que se iniciam dentro da medula e incluem os astrocitomas, os ependimomas e os hemangioblastomas. Os intradurais extramedulares começam na dura-máter, mas fora da espinha, e incluem os meningiomas, neurofibromas e schwannomas. Os tumores extradurais geralmente envolvem ossos e cartilagens e podem ser benignos ou malignos, como osteossarcoma, cordoma, condrossarcoma e sarcoma de Ewing.
Os sintomas, o tratamento e o prognóstico dos tumores do Sistema Nervoso Central (SNC) vão depender do tipo de tumor, de sua localização precisa, do tipo de células a partir das quais ele se desenvolve e da idade do paciente. Por isto, é importante entender como funciona o sistema nervoso central e os tipos de células que o formam. Tumores do SNC, tanto em adultos quanto em crianças, geralmente surgem em diferentes áreas e a partir de diferentes tipos de células e têm tratamentos e prognósticos distintos. Em alguns pacientes existe a necessidade de tratamento multidisciplinar, com diversas especialidades.
São muitas particularidades e diversas apresentações, portanto cabe ao médico especialista examinar, investigar e conduzir o tratamento diante de cada caso.
por AMNI | 4 de dezembro de 2020 | Notícias, Ortopedia
É o tumor ósseo mais comum, representando cerca de 15% de todos os tumores ósseos e 20% dos tumores ósseos benignos. Parece que a causa mais provável do osteocondroma é a modificação na direção de crescimento da placa fisária (placa de crescimento), com protrusão lateral de porções desta placa, causando o desenvolvimento de proeminências ósseas, excêntricas e cobertas de cartilagem. A exostose costuma ser detectada na infância e adolescência, os pacientes costumam relatar “um caroço” palpável.
A localização principal é a região do joelho, distal no fêmur e proximal na tíbia. Em seguida, a região da cabeça do úmero e do fêmur. A lesão pode ser séssil ou pediculada. A capa de cartilagem ao redor costuma variar de 1 a 3 mm em espessura. Quanto mais jovem o paciente, mais espessa é a capa de cartilagem. Uma bolsa pode se formar sobre o osteocondroma e geralmente é decorrente do processo inflamatório que ocorre pela irritação dos músculos e tendões adjacentes e pode levar à dor local.
A lesão é frequentemente descoberta incidentalmente, no exame radiográfico ou durante a palpação de uma massa na região acometida. Os osteocondromas pequenos não causam dor. A dor resulta do trauma direto no tumor ou do processo inflamatório que acomete a bolsa adjacente. Pode ocorrer fratura geralmente da base da exostose dos tumores pediculados e consequente dor localizada. Podem ser solitários ou múltiplos, este último geralmente associado a uma patologia hereditária.
A radiografia simples é suficiente para diagnóstico da lesão. Entretanto, outros exames podem auxiliar no diagnóstico tais como a tomografia computadorizada para as lesões em localizações ruins e para determinar sua real extensão; e a ressonância magnética para medir a capa cartilaginosa.
O tratamento para osteocondromas não dolorosos é acompanhamento clínico. A ressecção do osteocondroma está indicada quando houver compressão de nervos, artérias, tendões ou quando a exostose estiver interferindo com o crescimento da extremidade, levando a alterações funcionais ou mecânicas, ou quando houver irritação da “bursa”. A fratura do osteocondroma pode ocorrer e nesta circunstância pode-se optar pelo tratamento conservador ou cirúrgico. Muitos pacientes solicitam a cirurgia apenas por estética, não sendo esta uma indicação para tal.
As complicações associadas aos osteocondromas são as deformidades ósseas, fraturas (especialmente relacionadas com osteocondromas pediculados), alterações vasculares (pseudoaneurismas, deslocamentos e oclusões vasculares), compressões neurológicas e formação de bursas. A complicação mais temida dos osteocondromas, no entanto, é a transformação maligna. Ocorre em aproximadamente 1% das lesões solitárias e tem maior prevalência em exostoses múltiplas hereditárias, em torno de 3-5%. Lesões que crescem ou causam dor após a maturidade do esqueleto são suspeitas para transformação maligna, pois osteocondromas raramente crescem após a maturidade.
O acompanhamento, com médico especializado na patologia, se faz necessário para indicação do melhor tratamento do osteocondroma.
por AMNI | 16 de novembro de 2020 | AMNI Informa, Notícias, Ortopedia
É o termo médico utilizado para remover cirurgicamente parte de um tecido, estrutura ou órgão. Os tumores musculoesqueléticos podem ser tratados de diversas formas e a ressecção cirúrgica com margem ampla está indicada para os malignos ou benignos e agressivos com grandes chances de recidiva local como foi este caso.
Paciente de 59 anos que iniciou dor no polegar esquerdo meses antes de chegar ao Consultório.
A radiografia pré-operatória demonstrou lesão lítica com invasão da cortical óssea e acometimento de partes moles.
A ressonância magnética foi utilizada como exame complementar para planejamento operatório e a indicação foi de ressecção ampla do tumor, evitando, assim, a amputação. Após a ressecção com margens, o defeito foi preenchido com enxerto ósseo do olecrano do paciente e fixado com 2 fios, mantendo o comprimento do dedo. O paciente segue em acompanhamento pós-operatório, com consulta e imagens, e após a retirada dos fios fará fisioterapia para melhor mobilidade do dedo.
