Doença cresce no Brasil e, em especial, no Rio de Janeiro

Na semana que marcou o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial (26 de abril), o Núcleo de Educação Permanente do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Baixada Fluminense (NEP/Telessaúde/Cisbaf) realizou aula voltada especificamente ao tema para enfermeiros da Atenção Básica dos municípios da Baixada Fluminense. O evento ocorrido na manhã do dia 28 de abril, no auditório do Hospital Municipal Moacyr Rodrigues do Carmo, em Duque de Caxias, fez parte da programação do curso gratuito de capacitação destes profissionais, que atuam na porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo a coordenadora do NEP/Telessaúde/Cisbaf, Dra. Sônia Zimbaro, o assunto foi escolhido especialmente para a semana, dada a sua relevância. Dados da Sociedade Brasileira de Hipertensão mostram que no Brasil existem atualmente 17 milhões de hipertensos. “Daí a importância de discutir profundamente o tema com profissionais que podem e devem saber como atuar na prevenção, no controle e acompanhamento dos pacientes portadores desta doença, que mais mata no mundo”, ressaltou Zimbaro.

Durante a palestra, a cardiologista mostrou a anatomia do sistema circulatório e suas principais alterações, os tipos de hemorragia (aguda e crônica), as diferenças entre angina e infarto agudo do miocárdio, além de promover um debate sobre casos clínicos e situações rotineiras ocorridas nas unidades de saúde: como identificar uma situação de urgência e de emergência hipertensiva, quando o Samu 192 (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) deve ser acionado pela equipe de saúde, dentre outros.

Zimbaro destacou “a importância do olhar cuidadoso do enfermeiro na avaliação deste paciente, mesmo quando o mesmo não apresenta sintomas no momento da consulta. Ela ainda falou da atuação do agente comunitário de saúde como auxiliador fundamental para identificar na comunidade e encaminhar, à unidade básica de saúde, casos não diagnosticados ou sem acompanhamento.

Alguns números (Sociedade Brasileira de Hipertensão):

Ministério da Saúde divulga pesquisa

De acordo com o Ministério da Saúde, que divulgou dados do Vigitel 2016 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas), no dia 26 de abril, o percentual de pessoas com pressão alta aumentou de 21,5%, em 2006, para 24,4% em 2009. A pesquisa foi realizada com 54 mil adultos e mostra que houve elevação dos índices em todas as faixas etárias, especialmente, na terceira idade, chegando a 63,2%. Em 2006, essa taxa chegava a 57,8%. A pesquisa mostra ainda que o número de hipertensos é maior entre as mulheres (27,2%) que os homens (21,2%).

A cidade do Rio de Janeiro foi a capital com o maior percentual de pessoas que se declararam hipertensos, com 28%. Na sequência, aparecem Recife (27,6%), São Paulo (26,5%) e Campo Grande (26,5%). O menor índice foi registrado na cidade de Palmas, com 14,9% de pessoas com a doença.

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